quarta-feira, 17 de setembro de 2008

E o romance , continua ?

O sonho de um dos dois .

Pegar a barca Viking ,
se aventurar nessa viagem
de maionese com pão.
Uma menina de ouro , um rapaz de bronze.
Duas vidas , troca de confiança , consignação.
Tudo muito simples , se não fossem os surtos ,
os sustos...
Momentos que felizmente não tem explicação.
RODA - Gigante - VIVA O NOSSO AMOR !
Clichê e Demodê ,
que pulsa intenso ,
visceral de nós :
para mim e você

A valsa de nós dois .

Vai sem medo de errar .
Vai se aventurar .
Vem minhas lágrimas secar .
Diz por que não vai voltar .

Ah , me diz porque é assim ,
Vem de lá para ver o nosso fim .
Que não virá pra mim .

Vem você
querendo me encontrar .
Com essas cartas amargas
querendo me enganar .
Você partiu daquela vez
para nunca mais .

O nosso final
não teve um romance feliz .

Carolcóis Alados

Sol e estre-lá ,planeta e vulcão.
Medos e promessas
pro próximo verão .
Teu rosto com meu corpo ,
meu eixo no teu queixo ,
minha vida na tua mão.

É forte , é valente
e me fazquerer sempre encostar no teu ventre ,
escutar tua mente
e com pés no chão
entrar em conexão.
Brincar de bancar os gênios ,
rir da televisão.
Explorar o relativo,
o incerto e a razão.

domingo, 14 de setembro de 2008

Cego por OpçãO (De olhos fechados encontrei a mulher perfeita)

Acordei , mas permaneci de olhos fechados . Decidi , já que tive consciência segundos após acordar . Não abri os olhos como de costume , naqueles segundos resolvi quebrar a rotina .
Era um dia desses que se acorda de olhos fechados e não de olhos abertos ; Neste dia em especial , o que me despertou foi uma influência auditiva e não visual .
Um barulho leve , para um sono leve .Uma sutíl movimentação no meu armário . Com minha audição consegui acompanhar o abrir e fechar de cada gaveta . Me mantive calmo , apesar de saber ser um estranho . Uma qualidade minha é a frieza nos momentos mais tensos . Mas um medo súbito de morrer tomou conta de mim , minha vida inteira passou pela minha cabeça , segundos claustrofóbicos . Tentei supor , baseado em rápidas suposições , se alguém foi magoado por mim ao ponto de ter motivos para querer me matar . Tantas emoções e eu nem tinha aberto os olhos ainda , e uma intensa agonia me fazia pensar que eu nunca mais os abriria .
Mas de repente o som da porta do meu quarto sendo fechada me tranquilizou , um suspiro de alívio seguido da dúvida de quem seria meu invasor , não agressor , pois neste caso eu estava ileso . Será que me roubaram alguma coisa de valor ? Meu cofre fica no meu quarto . A sensação de perda , o vazio , me mantiveram de olhos fechados . Vagarosamente pus meu corpo sentado na beira da cama em direção à porta , fui tateando o ar . Pensando na possibilidade de ainda não estar sozinho , não tive coragem de abrir os olhos e tirar a dúvida .
Colei a orelha esquerda na porta afim de captar algum ruído oriundo do corredor . Um sopro de leve na nuca me congelou , um espasmo no canto da boca foi minha única reação .
Então um voz muito doce disse para eu me acalmar e que nada de ruim iria acontecer , era só eu acatar uma única regra de um jogo : Permanecer de olhos fechados .
Fui ordenado a me virar em direção a cama , caminhar até ela e repousar meu corpo , relaxar . No meio do caminho , com a dúvida de que tudo não passava de um sonho , me vi totalmente envolvido no jogo como um adolescente . Perguntei com voz calma se eu iria ser assassinado e ironicamente disse que se era pra morrer , que fosse dessa forma .
Em meio ao silêncio , me ajeitei sobre os lençóis de seda que minha filha tinha me mandado de presente pelo dia dos pais .
Instruções novas me foram dadas .
- Levante seu membro superior direito . Obedeci .
Um toque de veludo me surpreendeu . Uma mulher se deitou ao meu lado na cama . Conduzindo minha mão por seu corpo , a mulher me descrevia suas características físicas , a ausência de outro tecido além se sua própria pele me hipnotizou ainda mais . A vontade de me certificar da rara beleza me fez quebrar a regra e abrir os olhos .
Achei que tinha enlouquecido.
Não havia ninguém mais no quarto além de mim .
Fechei os olhos por uns segundos e em seguida os abri novamente , repeti a operação umas mil vezes .
- Eu existo , mas você não pode me ver . Sou um presente de Deus para os homens que não precisam ver para crer . Mas toda ação tem uma reação , e você quebrou a regra . Ela estava ali , mas de olhos abertos não podia vê - la .
Tenho 53 anos , moro em Diadema - São Paulo - e me chamo Hilário . Estou de olhos fechados desde então e pretendo continuar para sempre . Estou postando esta história por ser muito inusitada e quero saber se alguém se interessa por ela .
Sabe , meu sonho é ir no Jô ... Os interessados podem entrar em contato comigo através do adm. do Blog .
Despeço - me e agradeço pela atenção desprendida .

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Aleatoriedades iniciais ( Traumas , influências habituais ).

Vamos celebrar a dúvida,
dar ouvidos para a ousadia .
Se confessar no banheiro ,
Você e o reverendo espelho ,
Padre Narciso , o inventor desta canção .

Aproveitando para botar pingos nos bois ,
dar "is" aos nomes , botar nomes nos pingos ,
e finalmente por último e não menos importante :
dar bois aos nomes .

ouvir o que quer
dizer o que não quer
dizer o que houve
ouvir o que diz .

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Pensador de BanheirO.

Tudo o que eu queria era um lugar pra escrever , um lugar para me exercitar .
Então cheguei até aqui .
Até você.

Um ponto (Dois Pontos)

de partida .
de exclamação para gritar .
de vista .
Para somar e outro para subtrair .
de interrogação para questionar .
De ENCONTRO e
de equilíbrio
para se alcançar.
Um ponto de fuga , um ponto cardeal .
O ponto "G" e o ponto final .


Palavras cheias de segundas intenções , maliciosas , vaidosas .
Escrevo o que penso . Logo , penso que escrevo .